Jogos Inesquecíveis
22 de junho de 2005
O jogo é São Paulo e River Plate, válido pelas semi finais da taça Libertadores daquele ano.
O Tricolor vinha muito bem na competição, com nosso capitão Rogério Ceni jogando tudo que sabia e um pouco mais. Aquele ano foi dele.
Dessa vez, fomos eu, Junior, Arnaldo e Dani para o Maior do Mundo, e a confiança estava lá em cima. O time do River era de se respeitar, mas não de temer. Saca só a escalação dos dois times para o jogo:
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Alex; Mineiro, Renan (Souza), Josué, Danilo e Júnior; Amoroso (Alê) e Luizão.
Técnico: Paulo Autuori.
RIVER PLATE: Constanzo; Diogo, Ameli, Tuzzio e Dominguez; Mascherano, Lucho González (Ahumada), Zapata (Mareque) e Gallardo; Salas e Farías (Fernandez Gaston).
Técnico: Leonardo Astrada.
Como eu disse, só para respeitar. O problema para esse jogo, era que Cicinho estava servindo a seleção brasileira e Mineiro assumiu a lateral direita.
No ano anterior, eu tinha ido contra o Rosário Central, jogo que já contei a história neste post, e da mesma forma, quando chegamos, o clima ao redor do Morumbi era de arrepiar.
Torcida em peso, cantando, só esperando as "galinas" de Buenos Aires chegarem para dar aquela recepção....e que recepção, ônibus pedrejado, confronto com a PM...foi violento...mas se bem que para argentino, é pouco...(veja bem sou contra violência, mas argentino é chato)...
Então fomos para nossos lugares, nas cadeiras azuis (dessa vez fiquei bem, nunca mais fico atrás do gol..rsrs), e esperamos um bom tempo para o jogão começar. E esperamos um pouquinho a mais, porque o River não queria entrar em campo....aquela velha catimba....
E finalmente os dois times entraram em campo..detalhe, o tricolor entrou quando o River ainda fazia aquecimento...
E começou o jogo, e com ele, o nervosismo...Amoroso, recém chegado ao tricolor, fazia sua apresentação logo contra os argentinos...
O tricolor não jogava mal, mas também não chegava com perigo...era um jogo de meio de campo...e estávamos jogando contra 12..(o árbitro da partida, Sr. FDP Gustavo Mendez, foi subornado pela bagatela de U$20 mil para favorecer o River Plate, fato depois divulgado por uma escuta feita...o árbitro foi banido de competições oficiais)
Os caras davam pontapés, faltas claras, e o maldito mandava o jogo seguir. Era muito claro o favorecimento...e o time do são Paulo começou a ficar nervoso com isso...
Até que aos 30 e tantos minutos do primeiro tempo, a primeira chance real de gol para o Sampa, numa roubada de bola do Mineiro e uma arrancada de Amoroso que passou por três defensores, mas acabou chutando em cima do goleiro Constanzo.
Depois disso seguiram os pontapés, mas em momento algum os argentinos assustaram. Rogério era um espectador da partida.
Veio o intervalo, e a torcida vendo que o time estava se esforçando, não parava de cantar...foi desde o começo assim...naquela noite demos show....
E como precisávamos fazer o resultado, pois o segundo jogo seria lá na Argentina, Paulo Autuori mandou a campo, o até então banco Souza que entrou no lugar de Renan.
O time se encorpou, ganhou drible e força na transição para o ataque...
O negócio da roubalheira estava tão feio, que Diós Lugano, deu uma entrada tão forte em um argentino no meio de campo, que a torcida começou a gritar seu nome pela porrada que ele tinha acabado de dar. Ele estava tão nervoso quanto qualquer torcedor com o árbitro.
E então que depois de tanto martelar, bola na trave, zagueiro salvando em cima, acontece o lance do escanteio.
Souza cobra para a área, a bola é rebatida e sobra para ZiDanilo, na entrada da área soltar a bomba no canto de Constanzo.
Com o perdão da palavra: "PUTA QUE PARIU"!!!! Que chute foi aquele. O cara acertou na veia, sem dar chances alguma para o goleiro.
Nas arquibancadas, todos nós nos abraçávamos como loucos. Enfim o gol tinha saído. Que partida amarrada, brigada, suada...
E o gol, só fez o time querer mais e a torcida já estava enlouquecida...veio outra bola na trave, dessa vez em uma cobrança de falta em que Amoroso desviou de cabeça e o goleiro fez milagre.
E então que, aos 43 minutos, para fechar o caixão, Luizão arranca pela direita, dá uma meia lua no zagueiro, e cruza....Lucho Gonzalez dentro da área, corta a bola com a mão...PEEEEEEEEENALTI....e olha que quem marcou foi o bandeirinha, porque se fosse pelo juíz, o lance passava batido.
E lá foi nosso capitão, bater, fazer 2x0, e se transformar em artilheiro do tricolor na Libertadores daquele ano.
Eu pulava junto com o Arnaldo, gritando que tinha acabado...que era a gente na final....e chorava muito...foi demais....
Dá uma olhada nos melhores momentos da partida:
E agora, umas fotos, mais uma vez, com uma máquina horrível....rsrsrs (clica para ampliar)
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