São Paulo vê plano B para estacionamento

GUILHERME COSTA
Da Máquina do Esporte, em São Paulo

Questão mais polêmica no projeto de São Paulo para sediar jogos da Copa de 2014, que será no Brasil, o projeto de estacionamento em frente ao estádio do Morumbi ainda não é definitivo. Nesta terça-feira, em evento realizado para debater a estrutura do Mundial, o diretor de futebol do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, admitiu que a equipe trabalha com outras opções.

O projeto apresentado pelo comitê organizador de São Paulo à Fifa contempla a criação de uma praça na frente do estádio do Morumbi. O espaço funcionaria como centro de convivência para os torcedores e teria estacionamentos em seus andares subterrâneos.

O problema é que o terreno almejado pelo São Paulo para a obra pertence à prefeitura. Sem aval para utilizar o espaço, a diretoria tricolor já cogita construir um edifício garagem em outro espaço ou até criar bolsões de estacionamento durante a Copa, estratégia usada pela organização do GP Brasil de Fórmula 1.

"As coisas estão sendo trabalhadas e queremos viabilizar o projeto como está. Se isso não for possível, vamos nos esforçar para encontrar um meio de o Morumbi estar pronto para receber jogos da Copa do Mundo", disse Jesus Lopes.

Segundo o dirigente, o caderno de encargos da Fifa exige apenas 500 vagas de estacionamento no interior do estádio, além de um número maior em um radio de dois quilômetros. Esse foi um dos pontos mais citados pela entidade em visita recente para acompanhar o andamento dos projetos no Brasil.

O terreno que o São Paulo almeja transformar em estacionamento terá 3,8 mil vagas. Uma das principais apostas da diretoria tricolor é que a prefeitura já registrou o espaço para esse fim. "Nós temos um parceiro privado, que é a concessionária CCR, e apresentamos o projeto para a prefeitura. Não vamos acabar com a praça ou criar impacto ambiental negativo", assegurou o diretor de futebol.

A prefeitura agora analisa a proposta do São Paulo. Jesus Lopes admite, porém, que o clube teme uma resposta negativa da entidade governamental: "Podemos fazer algum paliativo, como seriam os bolsões, mas isso não é o ideal. Esperamos que eles aceitem as obras, que criariam um estacionamento para nós em dias de jogos e ofereceriam as vagas ao metrô no restante do ano".